Thursday, March 29, 2007

IMIGRANTES: "nós" precisamos "deles"

Em Portugal existiam, em 2005, cerca de 276 000 cidadãos estrangeiros com estatuto de residente, a maioria dos quais na região de Lisboa e Vale do Tejo. A distribuição por sexo está cada vez mais equilibrada, embora o número de imigrantes so sexo masculino ainda seja superior. A maioria destas pessoas encontra-se na idade activa - dos 20 aos 44 anos.


Comparando os dados com outros países da U.E., verificamos que Portugal tem um número de imigrantes ainda muito baixo - cerca de 5% da população (e.g., no Luxemburgo, os imigrantes são cerca de 37% dos cidadãos, grande parte deles imigrantes portugueses).


Sem os imigrantes, Portugal seria mais velho, teria menos pessoas em idade activa, menos crianças e muito mais mulheres que homens. O País continuará a receber outras nacionalidades, mas seriam precisos muito mais cidadãos para inverter a tendência de envelhecimento demográfico. Além disso, a maioria dos imigrantes, nomeadamente os pouco qualificados, veio para Portugal numa altura de crescimento económico e falta de mão-de-obra (construção da Expo 98, autoestrada do Sul, estádios do Euro 2004, etc).


Numa Europa cada vez mais inter/multicultural, é necessário adequar as políticas e valores à população - sim, o sistema é que tem que ser adaptado às pessoas, e não o contrário.

Devem ser criadas as condições para que as pessoas possam usufruir dos seus direitos - nomeadamente o mais fundamental: o direito a ver respeitos os seus direitos humanos (art 1: todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para os outros em espírito de fraternidade).


Razão, consciência... Sim, é verdade que só nós, seres humanos, as possuímos, mas ao ver imagens como esta abaixo, chego a pensar que talvez não sejam assim tão úteis para alguns.




manifestação nacionalista, onde um nacionalista exibe orgulhosamente o seu nacionalismo

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