A primeira aula

Quando me falavam de yoga pensava que não era para mim, que iria ser uma hora de suplício e tédio e que iria sair dali mais enervada e ansiosa do que entrara. Julgava ser coisa para miúdas que não fumavam, não bebiam e não podiam e para mulheres de meia idade que queriam ter a elasticidade daquelas para, estas sim, poderem foder mais sensual e fogosamente com homens mais novos. Não, para mim nem tudo se resume ao sexo, apenas me custava a crer que a prática de tal exercício (ou filosofia, como lhe queiramos chamar) pudesse trazer os benefícios que apregoava. De início, nada me desmentiu, ao verificar com atenção a fisionomia das parceiras que teria na próxima hora. Apenas a loira com unhas de gel e ar de quem as fazia a outras destoava do conjunto de mulheres presentes na sala. To be continued (ou não).