Tuesday, August 7, 2007

O Buda que se cuide!

Uma equipa de cientistas escoceses afirma ter descoberto uma nova técnica para fazer levitar objectos ultra-pequenos. Espero que se fiquem mesmo pelos objectos de reduzidas dimensões, senão o pessoal que anda praí a passar semanas e meses em meditação para conseguir uma levitação (invisível a olho nu) começa a ser tomado como parvo. E nós não queremos isso. A sério.

Wednesday, July 18, 2007

Gestores

«Uma conceituada entidade norte-americana apresentou um estudo sobre a qualidade dos gestores, no qual os gestores portugueses aparecem classificados nos últimos lugares da lista. Rapidamente os referidos fizeram saber que a má classificação atribuída à sua gestão se deve ao facto de não poderem despedir trabalhadores a seu bel-prazer. Pela justificação apresentada se vê o “calibre” da maioria dos gestores portugueses.» João Simões, Quinta do Anjo in destak, 18 Julho, pag. 19

Thursday, July 12, 2007

Poema Dadaísta - A pedido do Martinho, cá está ele

Caminhos ajuda acreditamos
ter cama de sentido acusar que...
Ela crime faz casal
"não aprecia abrir o do abandono"
muito não no na a grande fé para quatro
dos também sempre imposto
querer
atmosfera
no entrar todos clareza
espaço
profunda

Monday, July 9, 2007

Nacionalismo ridículo

Foi uma demonstração ridícula de nacionalismo a eleição das 7 maravilhas de Portugal.
As maravilhas internacionais foram escolhidas por pessoas de todo o mundo; são locais internacionalmente conhecidos, muitas delas com uma simbologia e história que liga vários povos.

Pergunto porque não se terão lembrado de começar o Euro2004 com um Famalicão-Moreirense.

Nascer & Morrer - chamada de atenção

Um comentário deixado no post "Nascer & Morrer" chamou a minha atenção para o facto de este parecer conter uma crítica à despenalização do aborto em Portugal.

Quem acompanha isto e, principalmente, quem me conhece, sabe que não é disso que se trata.
Aliás, nem me refiro apenas a crianças quando digo "quem morre antes do tempo".
E o que me preocupa não são as crianças que não chegam a nascer porque ninguém as quer, mas aquelas que, tendo nascido, sendo queridas (ou não), acabam por sofrer.
A exploração sexual, os "danos colaterais" das guerras, a fome, os maus tratos...

Friday, July 6, 2007

O pessoal queixa-se, vejam lá!

«Segundo Jorge Rebelo de Almeida, também nos negócios o Brasil prima pela falta de incentivos, além do «sistema fiscal ser muito pesado», o que exige grande esforço dos empresários portugueses. Ao nível laboral, é fácil despedir pessoas, mas «99,9% dos casos vão parar ao Tribunal do Trabalho», o que representa «um custo muito penoso». »

in http://www.destak.pt/artigos.php?art=1913

Ou seja:

Aquilo ali é fixe porque se pode despedir à vontade, o chato é que o pessoal se queixa.

A/C.: Alberto Caeiro

Caro Heterónimo,

Solicito que V.Ex. se digne a deixar algum espaço diponível na Realidade pois há mais gente que quer deitar-se lá.

Com os melhores cumprimentos,

Ana

Wednesday, July 4, 2007

E agora?

A FRASE SEGUINTE É VERDADEIRA.
A FRASE ANTERIOR É FALSA.

Drummond de Andrade II - Quadrilha

"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história."

Drummond de Andrade - No meio do caminho

"No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra."

Nascer & Morrer

Quando era miuda e ouvi expressões como "os velhos têm que dar lugar aos novos", levei isso à letra, como qualquer outra criança.
Pensava, assim, que o mundo estava realmente organizado dessa forma: quando um velho morria, nascia um bebé.
Era giro pensar assim.
Até ao dia em que percebi que não só de velhice morre o homem.




Quem substitui quem morre antes do tempo?

Monday, July 2, 2007

Nem toda a poesia tem que ser poética

Gosto muito de poesia. Mesmo. Mas tenho alguma dificuldade em lidar com o meu lado poético. A razão principal é: há pessoas que defendem que este não existe.
Por exemplo, às vezes estou a escrever algo: "Hoje acordei..."
E alguém que lê diz: "foda-se Ana, isso não é poesia!"
Então tento modificar e "apoesiar" a coisa:
"Hoje amanheci..."; "Hoje abri os olhos para o mundo...".
E até gosto do resultado. Mas a verdade é que acordei. Simplesmente. E acho que isso também pode ser poético.
Tipo,
"Hoje acordei e fui trabalhar
já não há daquelas bolachas que gosto
que a Isabel trouxe do Carrefour de Telheiras
A Filomena trouxe umas parecidas, do Modelo
mas não é a mesma coisa."

Eu acho que isto é poesia. Matem-me, por isso.

Receita dadaísta para fazer um poema

A receita poética de Tristan Tzara é:
"Apanhe um jornal
Agarre uma tesoura
Escolha um artigo do jornal da dimensão que queira dar ao seu poema
Recorte o artigo
Depois recorte as palavras do artigo e ponha-as numa bolsa pequena
Sacuda-a suavemente
Tire cada palavra uma após da outra
Copie honestamente na ordem em que saíram da bolsa
E o poema estará pronto e semelhante a si
Ei-lo
Você será um poeta original e de fascinante sensibilidade, ainda que a plebe não o compreenda."

Logo à noite vou fazer um poema dadaísta.

Friday, June 29, 2007

As minhas maravilhas

Apesar das piadas que tenho andado a fazer por aí em torno do acontecimento, já votei.

E votarei as vezes que forem precisas para tirar aquela maldita Torre Eiffel dos lugares cimeiros do ranking.
As minhas eleitas foram:
Machu Picchu
Chichén Itzá
Taj Mahal
Stonehenge
Estátuas da Ilha de Páscoa
Angkor
Kremlin;
As duas últimas foram escolhidas por exclusão de partes. Existem outras que teria preferido, mas que não constam da lista.
Gosto mesmo é de Machu Picchu.


As "Novas" Sete Maravilhas

Acho muito boa esta ideia de se eleger as novas 7 Maravilhas.
Afinal, a única sobrevivente das Sete Antigas (e que é mesmo a mais antiga) é "As Pirâmides de Gizé".
O que precisamos agora é de maravilhas juvenis, com sangue na guelra.
Tipo Stonehenge.
Ou a Acrópole de Atenas.

Thursday, June 28, 2007

Boa notícia

Vamos mudar para uma sala com janelas.

Ainda não sei onde é.
Mas tem janelas.


Dúvida

Gostava de saber, porque me parece que tenho andado enganada desde sempre, qual é o significado da palavra "público", nomeadamente quando nos estamos a referir a um organismo.
Sff.

Na paragem do autocarro

"Vem às onze e meia".
"Onze e trinta", corrijo. Onze e meia é 11h06, acho eu.
Mas não. Afinal dá p'ras duas coisas. Afinal, p'ra ele, o autocarro também vem às onze e meia.
Está em Portugal há 7 anos. Nunca tinha saído do Brasil antes disso. «Mas começou faltando dinheiro...aí, meus pai[s] disseram:"vai p'ra Portugal"».
Fala com expressão e voz que não mostram saudade, apesar de as ter da família: os pais, os 6 irmãos. 'Acostumou' com Portugal, gosta do que ele acha serem os portugueses. "Do que ele acha" digo eu, ele apenas refere gostar dos portugueses. Morou 45 dias na Amadora, diz ele. Depois foi para a Charneca, depois para a Costa; seguiram-se uns tempos no Alentejo e finalmente veio morar para aqui.
"Gosto disso aqui. É calmo. Gosto das pessoas daqui, são muito simpáticas."
Pergunta quando serão as festas aqui na zona. Foi nessa altura que o conheci, o ano passado, no café.
"São na 2a quinzena de Julho".
Provavelmente não estará cá. Está a trabalhar em Espanha, agora, onde não ganha muito mais do que ganhava aqui, "mas pelo menos vem todo no final do mês". Pensa voltar p'ra Portugal em breve, já tem saudades. Fala deste país como da sua casa. Uma segunda casa. O antigo patrão quere-o de volta e promete-lhe que as coisas vão ser melhores, que vai poder pagar-lhe tudo ao fim do mês. Vê-se no olhar dele que acredita e quer voltar. Já não é muito novo. Quer voltar. Para casa. P'ra cá.
O autocarro chegou.

Tuesday, June 26, 2007

Passividade

Se eu quisesse seguir sempre em frente,
por onde outros já foram,
à mesma velocidade,
parar onde é suposto,
deixar entrar e sair pessoas
sem qualquer tipo de discriminação...
seria um comboio.


Foto tirada e cedida por PhoenixOcean

Liberdade

Há sempre um buraco por onde escapar.


Foto tirada e cedida por PhoenixOcean