Friday, July 6, 2007

A/C.: Alberto Caeiro

Caro Heterónimo,

Solicito que V.Ex. se digne a deixar algum espaço diponível na Realidade pois há mais gente que quer deitar-se lá.

Com os melhores cumprimentos,

Ana

2 comments:

Anonymous said...

“Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem por que ama, nem o que é amar...”

"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu"

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alberto_Caeiro
http://www.revista.agulha.nom.br/caeiro.html
http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/Port/caeiro.htm

Anita said...
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