Tuesday, June 26, 2007

Passividade

Se eu quisesse seguir sempre em frente,
por onde outros já foram,
à mesma velocidade,
parar onde é suposto,
deixar entrar e sair pessoas
sem qualquer tipo de discriminação...
seria um comboio.


Foto tirada e cedida por PhoenixOcean

2 comments:

invisio2nx said...

Mas até mesmo no comboio há "discriminação".
Repara: ninguém entra sem pagar bilhete. O pobre tem de ficar-se pela plataforma.


Há países onde os transportes são gratuitos... assim como a justiça, o ensino ou a saúde (talvez porque todas as pessoas pagam os justos impostos e não há "chicos espertos" a tentar "passar a perna").

Talvez os impostos sejam mais justos nesses países, talvez haja menos desperdícios de verbas, talvez os governantes façam um trabalho melhor.

Hoje estou particularmente irritado com a notícia de que os ordenados deste mês na Câmara Municipal só foram pagos porque 2 bancos concederam um super empréstimo.
Pagar dívidas com ainda mais endividamento não me parece que seja o melhor caminho... a não ser para o do "afundanço".

A CML tem as maiores despesas do país. Mas também tem as maiores receitas do país. É preciso é cortar nos excessos.

E assim vai o povo, festejando alegremente os santos, endividado até ao pescoço... pode faltar o dinheiro para comer mas para festejar...


Fazem-se viagens, até mesmo sem o comboio sair do mesmo sítio. Já te aconteceu certamente entrares num de manhã e... por breves momentos esqueces aonde estás e tens a sensação que estás a apanhar o comboio no Congo... outras vezes parece que estás no Brasil, ou na China... Índia.

Vês entrar um indivíduo com uma toalha enrolada em volta da cabeça, barbichas, tez escurecida e começas a pensar se o dito não será "amigo" do tio "Bin"... e olhas de soslaio e ostensivamente para a mochila (não vá o diabo tecê-las ...)

O comboio... o transporte das nações (pobres!).
Não te admires, há muito "boa" gente que pensa que os transportes públicos são só para os pobres (curiosamente, famílias posicionadas em altos cargos de empresas publicas).

Sem qualquer tipo de discriminação? Será ?

Nem toda a gente cede o lugar quando deveria.
«Gravidez não é doença?» (quantas vezes ouviste isto?)

Pior, quando te queres sentar e ao teu lado um certo indivíduo de determinada etnia nem se dá ao trabalho de educadamente "encolher as pernas". Faz de propósito para teres de passar por cima das pernas dele. Pedes licença e finge-se de surdo.
Passa outro indivíduo da etnia dele e aí o tipo encolhe logo as pernas e facilita a passagem.

Que raiva! E depois eu é que ainda corro o risco de passar por racista!

Ou então podes ter a experiência "paranormal" de viajares em determinadas linhas e, (às vezes em plena luz do dia), veres o comboio invadido, saqueado, cenas de luta livre ao vivo com pessoas esfaqueadas e tiros...

Algumas vezes há mudança de cenário, a acção muda-se para o areal (com o comboio ao fundo) e acontecem daqueles arrastões que afinal nunca acontecem...
(malvados dos jornalistas, sempre a 'inventarem' coisas)

Sim, porque cá não acontecem dessas coisas. Este é um país pacífico e de brandos costumes.
Um país desenvolvido, da U.E.
Essas coisas só no terceiro mundo acontecem.


Entretanto, acordo sobressaltado e olho para o lado:
«Cadê o comboio (na foto)?
Já passou ou ainda vem?
É que o próximo é só daqui a hora e meia. Ainda vou ter de esperar muito?»

Ainda bem que aquele governo há 50 anos atrás desistiu do TGV. Hoje em dia os transportes são todos pouco poluentes, de levitação magnética.

Bom, acho que afinal vou antes apanhar um táxi aéreo. Até amanhã!
Não te esqueças de pôr a carregar a bateria solar, senão amanhã o telecomunicador não arranca.

Anita said...

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