Friday, October 9, 2009

O PP é o PNR dos pequeninos

"O PNR é verdadeiro: assume que não gosta de pobres e que a pobreza deverá ser erradicada através do extermínio dos pobres. O PP é falso: disfarçada de direita moderna, quer acabar com o Rendimento Mínimo Garantido, porque os malandros dos pobres não querem é trabalhar. Esta bandeira é profundamente classista. Existe fraude nos processos de RSI (cerca de 15%), assim como existe fraude nos subsídios às empresas e nos subídios agrícolas. A existência de fraude é algo transversal a todas as classes sociais. Mas ao PP só interessa estigmatizar os pobres, esses preguiçosos que enganam o estado para ganharem a exorbitância de 187,18€ por mês" @ Vodka Atónito "O PP é o PNR dos pequeninos"

4 comments:

Vítor Ramalho said...

Será que pode mostrar-nos em que parte do programa do PNR está escrita a mentira que aqui publica?

Anita said...

Tem toda a razão, o PNR também não o diz abertamente (afinal, continua a não existir a "política de verdade" em nenhum partido).

Agradeço ter-me chamado a atenção para o programa político do PNR, onde "descobri" então, se bem que à primeira vista não pareça, que o PNR é um partido racista. No ponto: "Facilitar a adopção de crianças portuguesas abandonadas" - Porquê apenas as crianças PORTUGUESAS? Se fosse apenas uma questão nacionalista, o PNR até deveria defender o contrário: Obrigar a adopção de todas as crianças filhas de imigrantes por famílias portuguesas(para assim serem educadas segundo os tão aclamados valores patrióticos que o partido defende). Mas não. Neste ponto é manifestada a ideia de que as pessoas são diferentes já à nascença. Acreditar que as características biologicas (vulgo e erradamente definido como "raça") estão na base das psicológicas e sociais é uma crença racista.

Notei também a predominância da palavra "obrigar".

Li ainda bastantes outras coisas que me fizeram sentir-me pior que já estava em relação à humanidade em geral e ao futuro deste mundo a que pertenço e idealizo (eu não me limito a querer mudar Portugal).

Obrigada, Vasco. Conseguiu tornar o facto de hoje ser segunda-feira no menos negativo deste meu dia.

Vítor Ramalho said...

O PNR é formado maioritariamente por trabalhadores como tal defenderá sempre os trabalhadores ao contrario de certos partidos onde dominada burguesia.
Depois as crianças órfãs imigrantes devem ser educadas nos sues países de origem, para que sigam a cultura dos seus pais. Evitar a globalização cultural é para nós importante, uma vez que esta globalização tende a acabar com a diversidade cultural em favor da cultura dominante, a do imperialismo sionista americano.
A palavra obrigar não me assusta e só assusta aqueles que para os outros querem todas as obrigações e para si nada. Será que sem as obrigações do Código da Estrada se conduzia melhor?

Anita said...

Não concordo consigo em absoluto, mesmo dando esses argumentos anti-americanos.
A diversidade cultural é importante principalmente para que possamos todos conviver em qualquer lado e aprender uns com os outros.

A palavra "obrigar" poderá ser substituída pela "educar". As obrigações não têm trazido grandes benefícios à vida em sociedade, antes pelo contrário. As pessoas não têm que deixar de fazer A porque dá multa/prisão/é mal visto ou tem qualquer outro tipo de sanção. Têm que aprender que A provoca B e que B é mau. Aprender e sentir.

A causa de todas as guerras, golpes, zangas, enfim, de todos os problemas relacionais das pessoas, grupos e sociedades é a (in)tolerância: a intolerância em relação ao "outro" e a tolerância relativa ao que pode suceder a esse outro, que pode ser tomado individual e/ou colectivamente. Como é que é possível que as pessoas ainda não tenham compreendido que, longe de ser uma ameaça e uma inferioridade, o outro é uma fonte de conhecimento, um complemento que enriquece o "eu" e o torna melhor, mais humano?
É verdade que a escola tem um papel fundamental nesta situação, e tudo porque nos ensinaram a conjugar os verbos na 3ª pessoa. O "ele(s)" não devia existir, é "ele(s)" que nos tem lixado a vida toda; porque se não existisse chegaríamos à conclusão de que pertencíamos todos ao "nós". E, se pertencessemos todos ao nós, estaríamos bastante preocupados "connosco", não admitiríamos que houvesse gente "da nossa" a morrer à fome, sem trabalho, ou a ser discriminada por obter amor e prazer de maneira "diferente" da "nossa", etc.
Aliás, se fizessemos parte de um só grupo ninguém teria vontade de bater no outro, de o humilhar, inferiorizar, etc, porque NÃO EXISTIRIA O "OUTRO", esse outro seria parte do "nós", teria em comum connosco o facto de fazer parte da espécie humana e seria estúpido e ilógico o inferiorizarmos (inferior em relação a quê?).

Acho que temos as prioridades trocadas, sabe? Acho que toleramos de forma desumana e nojenta aquilo que nos devia afectar e a desviar essa intolerância para questões mesquinhas.